sexta-feira, 9 de março de 2012

Princípios para o Estudo de História da Igreja

Por Carolina Sotero

Princípio 1: Leitura para a Vida!
O maior motivo para que alguém gaste horas lendo e estudando História da Igreja deve ser o aprendizado para a vida pessoal e coletiva. Acúmulo de informações nunca foi de grande utilidade na história. Então para que este estudo seja edificante, você precisará descobrir (baseado em tudo o que aconteceu no passado) lições para a atualidade. Toda vez que lê algo, pergunte-se “o que posso aprender com isso?”. Traga para a sua vida, para seu contexto de igreja local e, principalmente, para a igreja como um todo.

Princípio 2: Cuidado com os rótulos

Os historiadores costumam dividir a história em épocas e fases, além de nomeá-las para facilitar o estudo e a compreensão do processo histórico. Mas não precisamos, por causa dessas divisões, rotular as pessoas e os movimentos. Nada é perfeitamente definível. Sempre que lermos sobre História da Igreja devemos ter uma visão limpa de não rotular as pessoas e fechar a questão sobre elas. A questão dos rótulos podem ser comumente usados com pessoas, movimentos, instituições e fases da igreja.
Por exemplo: “Carismáticos”, “Calvinistas”, “Arminianos”, “Wesleyanos”, “Liberais”. A maior armadilha dos rótulos é que eles nos impedem de observar diversos movimentos e grupos sem preconceitos. Não quero dizer que não haja grupos ou movimentos heréticos. Eles existem, contudo, por causa do preconceito – que eu costumo chamar de ‘medo’ – deixamos de conhecer aspectos maravilhosos e edificantes de inúmeros grupos, que apesar dos erros, eles conseguiram conquistar.

Princípio 3: Não jogar fora o bebê com a água suja
Eu gosto muito desse exemplo: um bebê dentro de uma banheira com água suja. Muitas pessoas quando leem a História da Igreja descobrem que a trajetória de muitos personagens é marcada por erros e extremos, e o que fazem? Descartam toda sua trajetória. Ou seja, joga o bebê fora por causa da água suja. Isso nunca deve acontecer no estudo de história da igreja, que relata a vida real de muitos homens e mulheres, porque toda a Igreja tem caminhado para maturidade, e o caminho da maturidade sempre é marcado por tropeços. Na verdade, lendo biografias vamos perceber que muitos homens de Deus começaram sua trajetória com uma poderosa revelação celestial, mas caíram em tropeços. Por outro lado, também veremos que muitos homens erraram, mas se arrependeram. Outros não. O que precisamos fazer é
olhar com precisão todos os acontecimentos e delimitar: erros para não repetir e acertos para reproduzir.

Princípio 4: Deus faz questão de deixar registros
Ele deixou o início e o fim da História da Igreja registrado: Igreja Apostólica (Atos) e Igreja Gloriosa (Apocalipse). Conhecendo o passado e o futuro da Igreja fica mais fácil e empolgante viver o presente. Nosso desafio é o presente e o nosso mapa é constituído de registros do passado e profecias sobre o futuro.

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